O milho é o principal grão utilizado como fonte de energia na formulação de dietas para aves, assim como a soja é a principal fonte de proteína. Com isso, alterações nos preços ou na disponibilidade desses produtos pode levar a alterações nos custos de produção (LOPES et al., 2019). Sendo mundialmente cultivado, o milho apresenta cultivares selecionados para diferentes usos, tanto na alimentação humana como animal, além de outros usos industriais.
Além de ser utilizado na alimentação animal, o milho também é usado na alimentação humana, como grão ou na forma de alimentos processados, na indústria farmacêutica e ainda pode ser destinado à produção de biocombustíveis. Esta ampla variedade de usos se deve ao fato de seus grãos serem ricos em amido e óleo (STAMENKOVIĆ et al., 2020).
Os resíduos gerados a partir da indústria de alimentação humana que não são apropriados para o consumo das pessoas, ou que por algum motivo estejam caracterizados como inadequados para os padrões alimentícios, poderiam ser descartados. Recentemente, o uso destes coprodutos ganhou grande importância, e estes compostos passaram a ser vistos com grande potencial como ingrediente na formulação de dietas para a alimentação animal (VOLPATO et al., 2015).
As indústrias alimentícias produzem coprodutos que podem ser destinados a alimentação animal, e esses alimentos se caracterizam como fontes alternativas para substituição dos ingredientes convencionais, especialmente milho e farelo de soja, como medida para diminuir o custo da alimentação, que chega a representar até 80% dos custos na produção de aves. Mas, é importante ressaltar que é essencial se levar em consideração a qualidade dos coprodutos que estão sendo incluídos na dieta dos animais, na busca da produção com melhor relação benefício: custo (FERREIRA et al., 2019).
Para utilização desses coprodutos na alimentação animal, é necessário avaliar a sua composição química e os valores energéticos, para determinar o seu valor nutricional e identificar o nível de inclusão nas dietas, com a finalidade averiguar o seu potencial de utilização na formulação das dietas (REGINA et al., 2000; LITZ et al., 2014; VOLPATO et al., 2015).
Dentre os métodos de processamento aos quais o milho é submetido, o processo de moagem úmida fraciona o milho em diversos componentes que compõem o grão como, gérmen, fibra e amido. Esse processo é utilizado antes de realizar a fermentação para ser possível retirar a parte fibrosa (CORRAY, UTTERBACK, PARSONS, 2018), coprodutos que podem ser destinados à alimentação animal.
O DDGS é um exemplo de coproduto obtido a partir do processamento do milho, esse ingrediente, quando incluído na dieta das aves, pode contribuir com a melhoria da qualidade dos ovos em poedeiras, além de ser comprovado que as leveduras utilizadas no seu processo produtivo e presentes nesse coproduto colaboram para melhorar a imunidade inata dos animais e a saúde intestinal (SHIN et al., 2016; ALIZADEH et al., 2016).
O gérmen de milho pode ser apresentado na forma integral ou desengordurado para ser utilizado na dieta de aves, seja para diminuir o custo de produção da ração ou pelas suas qualidades nutricionais. Para que sua inclusão não afete o desempenho e o metabolismo animal é necessário conhecer sua composição química energética e o nível de inclusão na dieta mais adequado para atender as necessidades nutricionais dos animais.
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