O milho é um dos cereais que pode ser utilizado para a fabricação de etanol, produzido por moagem a seco ou úmida, e ainda pode proporcionar os grãos de destilaria com solúveis (DDGS), que vem se tornando um coproduto global e atrativo para a produção animal. É considerado um excelente alimento para os suínos, devido à sua composição química e valores energéticos.
A moagem a seco é o método mais utilizado, pois requer menos capital para construção das plantas de processamento. Os grãos são moídos, umedecidos e cozidos, e após passam por fermentação e são então destilados, dando origem ao etanol e ao resíduo sólido.
A fração sólida, após a secagem, origina o farelo denominado DDGS que pode ser utilizado na alimentação animal. O óleo permanece em seu estado bruto/degomado e é comercializado na indústria de refino, as quais produzem o óleo de milho.
O DDGS contém todos os nutrientes do grão de cereal que lhe deu origem (milho, trigo, sorgo, cevada e centeio) em uma forma mais concentrada, exceto o amido, por ser utilizado no processo de fermentação (Santos et al. 2019). Contudo, caracteriza-se como um ingrediente alternativo para a dieta de suínos, visto que os gastos com a alimentação dos suínos na fase de crescimento e terminação colaboram com aproximadamente 60 a 80% dos custos totais de produção e estão diretamente relacionados com o rendimento financeiro da atividade suinícola.
No entanto, nas dietas de suínos na fase de terminação, formuladas à base de milho e farelo de soja, o DDGS de milho pode ser utilizado como um ingrediente substituto parcial, pois apresenta bons valores energéticos e bromatológicos.
Para determinar o nível adequado de inclusão de DDGS de milho nas rações para suínos, deve-se levar em consideração as respostas zootécnicas e as características quantitativas e qualitativas das carcaças.
Dessa forma, foi desenvolvida uma pesquisa no Setor de Suinocultura da Universidade Estadual de Maringá (UEM), com o objetivo de avaliar o uso de DDGS de milho na alimentação de suínos em terminação. Os animais foram divididos em grupos e alimentados com níveis crescentes de até 30% de inclusão de DDGS na ração. A composição química e a energia metabolizável foram previamente determinadas para formular as rações utilizadas no experimento de desempenho.