A descoberta dos antimicrobianos a décadas atrás trouxe uma nova perspectiva no âmbito de saúde humana e animal no que diz respeito ao tratamento e controle de enfermidades (MORÉS, 2014). Na produção animal, os antimicrobianos tem sido utilizados desde a década de 1950 e seu uso aumentou de forma direta com a intensificação da produção intensiva ao longo dos anos a fim de promover saúde e melhorias na produtividade (GONZALEZ RONQUILLO; ANGELES HERNANDEZ, 2017).
Embora o uso desses agentes são importantes na manutenção da saúde e bem-estar animal dentro dos sistemas, o uso em larga escala principalmente em doses subterapeuticas como promotores de crescimento levantou preocupações a respeito da seleção de bactérias multirresistentes a várias classes de antibióticos (MORÉS, 2014; WHO, 2018).
Além disso, a descoberta de genes bacterianos resistentes a antibióticos que são utilizados na saúde humana, como por exemplo, o gene de resistência a colistina mediado por plasmídeo (mcr- 1) que foi encontrado em Escherichia coli de suínos e em humanos na China (LIU et al., 2016), reforçou ainda mais o debate sobre a possível transmissão horizontal de resistência antimicrobiana e a necessidade de ações para uso de forma racional desses agentes.
Dessa forma, iniciativas globais começaram a surgir na tentativa de minimizar o agravamento da resistência antimicrobiana.
Em 2006, o uso de antibióticos como promotores de crescimento (APC) nas dietas de suínos foi banido pela União Europeia (GAGGÌA; MATTARELLI; BIAVATI, 2010), e vários outros países também já implementaram ou vem implementando políticas de restrição nos próximos anos (MARON; SMITH; NACHMAN, 2013).
Este artigo ainda traz:
Padrão atual de utilização global de antimicrobianos
Fatores que influenciam a utilização de antimicrobianos
Estratégias nutricional
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