A alimentação representa grande parte dos custos na produção animal. Isso ocorre principalmente devido à instabilidade e oscilações nos preços dos principais insumos para fabricação das dietas. Para a alimentação de peixes, não é diferente, a dieta possui elevado custo móvel na produção.
As exigências nutricionais de peixes são semelhantes aos de animais terrestres em relação ao requerimento de nutrientes para a mantença, crescimento, engorda e reprodução.
No entanto, a exigência por animal varia devido a fatores como espécie, hábitos alimentares e fase de desenvolvimento.
No geral, os nutrientes necessários para os peixes são obtidos por meio de alimento naturais que estão disponíveis no ambiente (como plantas, animais menores, fitoplâncton e zooplanctons) ou pelo fornecimento de dietas comerciais.
A nutrição adequada vai proporcionar aos peixes além de um crescimento satisfatório benefícios à saúde e resistência aos agentes patogênicos, principalmente aos animais submetidos a sistemas intensivos e superintensivos de criação.
O balanceamento das rações oferecidas em sistemas intensivos e superintensivos são importantes para fortalecer a imunidade e, assim auxiliar no combate a patógenos causadores de doenças. Além disso, o equilíbrio de nutrientes na dieta melhora o desempenho zootécnico da criação.
A elaboração de dietas balanceadas para a produção de peixes deve ser baseada em fatores preponderantes como:
O objetivo da produção
A espécie
As exigências nutricionais da espécie
A disposição de ingredientes para elaboração da dieta
Hábitos alimentares mais comuns em peixes
Herbívoros são animais capazes de ingerirem alimentos fibrosos, pois possuem flora bacteriana intestinal abundante. Isso proporciona capacidade de ingestão e digestão de 3 a 4% do seu peso vivo em fibras.
Onívoros são capazes de ingerir dietas a base de diferentes tipos de ingredientes desde ração industrializada, a pequenos invertebrados, plantas, frutos e matéria orgânica em decomposição.
Os peixes carnívoros consumem preferencialmente, alimentos de origem animal, incluindo invertebrados e outros peixes. Entretanto podem se adaptarem ao consumo de ração artificial a partir da fase pós-larval. Esses animais possuem em sua maioria o estômago de tamanho elevado em comparação a outros peixes de hábitos alimentares diferentes.
Essas definições dos hábitos alimentares dos peixes refletem sua constituição anatômico-funcional. Por meio das características anatômicas e histológicas do aparelho digestivo podemos inferir sobre a alimentação dos peixes.