Rotavirose suína: Epidemiologia, patogenia, sinais clínicos, diagnóstico e controle da doença
A rotavirose é uma das principais
gastroenterites virais em
neonatos de diferentes espécies
animais, incluindo o homem. Apesar
dos rotavírus estarem relacionados
antigenicamente, o rotavírus suíno
acomete apenas a espécie suína.
Em suínos os surtos de diarreia
ocorrem principalmente em leitões
lactentes e recém desmamados
causando perdas econômicas
relacionados a mortalidade,
refugagem, perda de peso e uso
de medicamentos.
EPIDEMIOLOGIA
A rotavirose suína está presente na maioria dos
planteis mundiais e estudos mostram que a
maioria dos suínos adultos apresentam sorologia
positiva ao agente, ou seja, são portadores.
A doença é causada pelo rotavírus (RV)
suíno, pertencente à família Reoviridae,
gênero Rotavírus, vírus RNA de fita
dupla, esférico, 70 a 100nm de diâmetro,
capsídeo com simetria icosaédrica e sem
envoltório.
PATOGÊNESE E SINAIS CLÍNICOS
O vírus tem tropismo por
enterócitos maduros e acomete
o intestino delgado invadindo
e destruindo as vilosidades do epitélio
intestinal. O resultado é a atrofia
das vilosidades que ocasionam a má
absorção e diarreia osmótica, que
dificultam a digestão de açúcares
e transporte celular de nutrientes e
eletrólitos que levam o leitão à:
Desidratação,
Deficiência de energia e
Hipoglicemia.
LESÕES
Na necrópsia a parede intestinal apresenta-se
fina, flácida e bastante transparente com
presença de líquido e detritos no interior do
intestino delgado e cólon.
DIAGNÓSTICO
A confirmação da rotavirose suína é
baseada na combinação de avaliações
histopatológicas com presença de atrofia
das vilosidades do jejuno ou íleo e na
detecção do RV por PCR em fezes.
CONTROLE E TRATAMENTO
Não existe terapia específica para a diarreia por
RV. A terapia de suporte como hidratação com uso
de eletrólitos, fornecimento de calor e ambiente
seco são importantes para redução da gravidade
do quadro entérico.
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