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Suplementação com arginina para fêmeas suínas em gestação: parte II

A nutrição materna é um dos principais fatores que afeta a sobrevivência, crescimento e desenvolvimento de embriões e fetos. O uso de aminoácidos como nutriente funcional durante a gestação vem sendo largamente estudado devido a participação destes em vias metabólicas relacionadas às funções reprodutivas dos animais. Período e duração da suplementação com L- arginina na ração de fêmeas suínas gestantes. Embora alguns estudos demonstrem que a suplementação com arginina melhora o desempenho reprodutivo de fêmeas suínas, não há um consenso sobre o melhor período, nível de inclusão, ou fase gestacional para utilização desse aminoácido, sendo os resultados destes estudos conflitantes (Palencia et al., 2018; Li et al., 2015). A suplementação com arginina no terço inicial de gestação de fêmeas suínas é determinante na viabilidade e sobrevivência embrionária por beneficiar a Implantação embrionária, Formação dos conceptos, Vascularização Placentária Crescimento placentário (Costa et al., 2019). Por outro lado, alguns estudos mostram que a suplementação com arginina no terço médio e final de gestação, período de maior ganho de peso fetal, aumenta o peso dos leitões e a uniformidade da leitegada ao nascimento (Bass et al., 2017; Quesnel et al., 2014; Che et al., 2013). Fêmeas suínas hiperprolíficas ovulam cerca de 20 a 30 oócitos mas apenas metade destes resultam em leitões nascidos vivos (Town et al., 2005). Esse fato pode estar relacionado com a capacidade uterina restrita, positivamente relacionada com a mortalidade fetal (Bazer et al., 2014). A suplementação com arginina através da modulação do ambiente intra-uterino de fêmeas suínas gestantes pode melhorar a eficiência placentária e a capacidade uterina. Em 75% dos casos, as perdas pré-natais ocorrem durante os primeiros 25 dias de gestação (Ford et al., 2002), dessa forma a suplementação com arginina poderia ser vantajosa nesse período. Contudo Li et al. (2010) reportaram em marrãs gestantes suplementadas com 8,0 g/kg de L-arginina entre os dias 0 e 25 de gestação Menor número de fetos viáveis, Menor número de corpos lúteos e Menor concentração de progesterona no plasma. A partir desse estudo, têm sido evitada a suplementação com arginina no dia da concepção. Por outro lado, Greene et al. (2012) em estudo sobre a suplementação com 20,0 g/kg de L-arginina durante todo o período gestacional de camundongas (também iniciando após a concepção), observaram aumento do tamanho da ninhada, do número de pontos de ligação de placenta e da atividade transcricional do Vegfr2 (receptor 2 do fator de crescimento endotelial) em tecido fetoplacental.

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