O uso de antibióticos como promotores de crescimento na produção animal tem sido objeto de inúmeras discussões. Isto ocorre em virtude dos relatos de resistência bacteriana, no qual é um problema de saúde pública mundial.
A União Europeia proibiu a utilização de antimicrobianos promotores de crescimento em 2006. Já no Brasil, houve uma proibição parcial de alguns fármacos em 2018 e 2020. Ainda neste contexto, desde a década de 70, pesquisadores afirmam que a carne de frango é mais propensa a oxidação lipídica comparada a outras carnes (GENE e PEARSON, 1979), e isto afeta sua qualidade nutricional e sensorial.
Buscando minimizar esse processo, a indústria de alimentação animal tem adicionado antioxidantes sintéticos nas rações com o intuito de buscar efeito nutracêutico e assim prolongar a vida de prateleira da carne (CASTAÑEDA et al., 2005).
Porém, existem relatos sobre efeito carcinogênico de antioxidantes sintéticos em humanos, e, com isso, pesquisas com antioxidantes naturais em substituição aos sintéticos iniciaram na década de 90 (CHEN et al., 1992).
Antioxidantes naturais são geralmente considerados como seguros, dessa forma, são uma alternativa aos antioxidantes sintéticos (HANG et al., 2018). Daneshyar et al. (2011) ao fornecerem Curcuma longa na dieta de frangos de corte verificaram uma menor quantidade de ácidos graxos saturados (AGS), principalmente o ácido palmítico e C18:1 n-7 (ácidos graxos monoinsaturados-MUFA) na carne da coxa, o que pode ser explicado pela diminuição da síntese do novo dos ácidos graxos no fígado.
Isso é um efeito benéfico a diminuição do ácido mirístico e palmítico, em função de serem responsáveis pelo aumento do colesterol sérico LDL, que está relacionado com doenças cardiovasculares.
Hang et al. (2018) ao adicionarem curcumina na dieta de frangos observaram maiores proporções de ácido linoleico (C18: 2n-6) e de ácidos graxos poli-insaturados (AGPI) totais ômega-seis, o que resultou em um acúmulo de ácido linoleico na carne de peito.