Entre os problemas de saúde que afetam a produção suína, as doenças entéricas são as que afetam mais frequentemente os leitões durante a primeira semana de vida e durante todo o período de lactação.
A diarreia é responsável por perdas econômicas significativas principalmente devido:
À Redução do peso ao desmame
Ao aumento dos custos associados à necessidade de intervenções terapêuticas
Ao aumento da taxa de mortalidade, especialmente na primeira fase da vida dos leitões
A frequência e a importância destes patógenos têm mudado ao longo dos anos e alguns agentes, como o C. difficile, tornaram-se mais relevantes (Yaeger, 2007).
Como as causas bacterianas são bastante comuns nesta fase, até recentemente, acreditava-se que tratamentos preventivos no primeiro dia de vida seriam a solução para todos os problemas.
Esta atitude, aliada à maximização da utilização das instalações, particularmente das maternidades, levou ao uso indiscriminado de medicamentos preventivos, com aumento de cepas bacterianas resistentes a múltiplos antimicrobianos e aumento da pressão de infecção ambiental devido à limpeza e desinfecção ineficiente de instalações.
Na tentativa de minimizar os problemas, foi feito um investimento considerável em antimicrobianos administrados preventivamente, bem como na aplicação de desinfetantes de última geração.
Atualmente, em linha com a tendência mundial para o uso prudente de antimicrobianos, a administração preventiva de medicamentos em leitões recém-nascidos já não é aceitável como primeira opção, pelo que os produtores e técnicos têm sido obrigados a lembrar e reforçar as boas práticas de gestão que serviram para resolver problemas de saúde no passado e que continuam a ser uma excelente opção.