Os avanços da nutrição in ovo na produção de frangos de corte – parte 1
A ideia de inocular substâncias nutritivas ou não nutritivas para os embriões iniciou-se a partir da prática da vacinação in ovo, que hoje é amplamente utilizada em todo mundo. Para ter-se uma noção, cerca de 95% dos incubatórios norte americanos e mais de 55% dos incubatórios brasileiros utilizam a tecnologia da vacinação in ovo.
Entretanto, a tecnologia da nutrição in ovo ainda não é aplicada em escala industrial, porém o potencial dos resultados obtidos nas experimentações é promissor. Apesar de já serem encontradas pesquisas com a nutrição in ovo para embriões de poedeiras, perus, codornas, patos e pombos, aqui serão abordados aspectos da inoculação in ovo para embriões de frangos de corte pois há diferenças entre sua aplicação para as demais espécies.
Os primeiros estudos relacionados a nutrição in ovo ou alimentação in ovo para embriões de frangos de corte são do final da década de 90 e início dos anos 2000.
No ano de 2003, foi desenvolvida uma solução nutritiva contendo carboidrato e ácidos orgânicos protegida por uma patente (Uni & Ferket, 2003) registrada nos Estado Unidos (registro n. 6.592.878).
A solução foi desenvolvida por dois pesquisadores pioneiros no estudo da nutrição in ovo, a professora Zehava Uni da Universidade Hebraica de Jerusalém de Israel e o professor Peter Ferket da Universidade da Carolina do Norte dos Estados Unidos. A partir desse primeiro registro houve maior número de pesquisas relacionadas a nutrição in ovo.
Na prática a técnica consiste na inoculação de soluções exógenas para auxiliar o desenvolvimento embrionário e a eclosão dos pintos. Uma agulha atravessa a casca do ovo, a câmara de ar e alcança o local de inoculação.
A cavidade amniótica tem sido apontada como melhor local para se inocular as soluções nutritivas, uma vez que o embrião do frango de corte ingere o líquido amniótico quando inicia o processo de eclosão por volta de 15-16 dias de desenvolvimento embrionário.