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Metionina na dieta de aves e seu papel na prevenção antioxidante do organismo – Parte II

  • Metionina na dieta de aves e seu papel na prevenção antioxidante do organismo – Parte II
  • O controle do estresse, que pode ser decorrente do manejo, nutrição, tecnologia e elementos ambientais, bem como do estresse interno, é um dos problemas inevitáveis ​​na produção avícola.
  • Diversos podem ser os agentes estressores como:
  • Temperatura – calor ou frio;
  •  Umidade;
  • Densidade de alojamento;
  •  Imunização;
  • Transporte.
  • A maioria desses estressores pode induzir respostas de estresse agudo e reduzir ainda mais o desempenho da produção, saúde e bem-estar, qualidade e quantidade de produtos cárneos na população de frangos.
  • Alguns estressores podem aumentar sua suscetibilidade a doenças, resultando em baixos ganhos diários e taxas de conversão alimentar. Uma fonte típica de estresse é a geração excessiva de radicais livres, que causa estresse oxidativo no nível molecular.
  • Resíduos de metionina podem ser usados ​​como antioxidantes endógenos para aliviar lesões causadas pelo excesso dessas espécies reativas.
  • Da mesma forma, a metionina na dieta pode regular positivamente a expressão do mRNA das proteínas do choque térmico no intestino para proteger os danos à mucosa intestinal em frangos de corte devido ao estresse térmico. Portanto, a metionina dietética pode aliviar as reações adversas causadas pelo estresse de alta temperatura.
  • A metionina, é um precursor de succinil-CoA, homocisteína, cisteína, creatina e carnitina. Ela é precursora para a metilação celular e a síntese de cisteína, e pode assim diminuir a necessidade do requerimento de cisteína dietética.
  • Ela pode atuar no contra o estresse oxidativo sendo precursora de antioxidantes ou com a incorporação de resíduos em proteínas.
  • As espécies reativas de oxigênio (ROS) são produzidas por uma variedade de eventos fisiológicos e não fisiológicos, incluindo a reação de Fenton, respiração celular, disfunções mitocondriais, patologias, fagócitos, neutrófilos e estresse.
  • A metionina desempenha um papel essencial no sistema imunológico através de seus metabólitos. Ela influencia diretamente o funcionamento do sistema imunológico pois seu catabolismo pode levar a um aumento na produção de glutationa, taurina e outros metabólitos. A metionina também é facilmente utilizada pelos hepatócitos para a síntese direta de glutationa.
  • Os antioxidantes mais comuns e estudados em diferentes tecidos de aves quanto as suplementações de metionina incluem:
  • Capacidade antioxidante total (TAC);
  • Superóxido dismutase (SOD);
  • Catalase (CAT);
  • Glutationa peroxidase (GPX);
  • Glutationa (GSH).
  • Dentre as substâncias enzimáticas, a superóxido dismutase (SOD) é a enzima responsável por catalisar a dismutação do ânion superóxido (O2-) em espécies menos reativas como o peróxido de hidrogênio (H2O2). A formação do ânion superóxido envolve o oxigênio com dois elétrons desemparelhados que se ligam a outra molécula compartilhadora de elétron:
  • O2 + e-        O2-
  • dismutação é o processo pelo qual esse radical óxido ao receber íons hidrogênio, resultará no composto de peróxido de hidrogênio, e esse composto será reduzido pelas enzimas catalase (CAT) e glutationa peroxidase (GPx):
  • 2O2- + 2H+             H2O2
  • Assim, essas enzimas atuam como a primeira linha de defesa antioxidante do organismo, auxiliando no controle da produção de radicais livres. O resultado final da ação dessas enzimas serão moléculas inócuas como oxigênio e água.
  • 2H2O2 + CAT            2H2O + O2
  • A metionina protege contra o estresse oxidativo de duas maneiras: primeiro, produzindo indiretamente antioxidantes (precursores de cisteína e glutationa) e, segundo, por resíduos de Met em proteínas. A última rota é durante o reparo, onde vários produtos ROS atacam os resíduos de Met nas proteínas para formar sulfóxido de Met, produzindo células eliminando as espécies reativas.
  • Met sulfóxido redutases (MSRs) são enzimas que reduzem as espécies reativas de oxigênio em todos os organismos, desde bactérias até mamíferos (ROS). Isso é realizado pela oxidação de oito resíduos Met por molécula de proteína, mantendo a integridade enzimática da proteína individual.
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