Na suinocultura, a melhoria no aspecto nutricional é seguida de desafios, sendo alguns associados a doenças entéricas, principalmente na fase pós-desmame dos animais. Tal situação é comumente contornada com o uso de antimicrobianos, porém estes produtos estão passando por processo de retirada do mercado em diversos países. Dessa forma, a pressão pela diminuição do uso de antibióticos promotores de crescimento e inclusão de substitutos têm sido pautadas constantemente (Greese et al., 2017).
Logo, a necessidade de buscar alternativas e incluí-las aos programas alimentares visando redução no uso de antimicrobianos torna-se viável, principalmente na fase pós desmame. As fibras dietéticas vêm sendo estudadas constantemente, pois apresentam potencial para garantir melhorias na saúde intestinal dos animais, apresentando diversas características de modulação da microbiota intestinal, através dos produtos gerados pela fermentação da mesma e consequentemente podendo melhorar o desempenho animal (Jha et al., 2019).
A ineficiência do aproveitamento da fibra alimentar no intestino delgado dos suínos já é conhecida, pois apresentam em sua composição frações indigestíveis para os mesmos, não havendo enzimas capazes de sintetizá-las. Essas frações de carboidratos são classificadas de acordo com a sua solubilidade em água, sendo assim consideradas fibras solúveis ou insolúveis, devendo levar em consideração sua fermentabilidade (Shang et al., 2021).
Sendo assim, é possível observar resultados da inclusão de fibras em dietas para suínos no intestino grosso, através da sua fermentação e produção de produtos que favoreçam a saúde intestinal dos leitões. De acordo com exposto, objetivou-se através desta revisão, elencar os principais resultados e ações encontradas relacionadas a inclusão de fibra dietética na dieta de leitões na fase pós desmame.
Inclusão de Fibras em dietas de leitões desmamados
A etapa do desmame é considerada um fator estressante para os animais. Fatores como mudança na alimentação, formação de uma nova hierarquia social, mudança de ambiente além de desafio sanitário em alguns casos, são os principais responsáveis pela redução no desempenho dos leitões no pós-desmame, além de imaturidade do sistema digestivo e imunológico (Lima et al., 2020).