O mercado de insumos e as perspectivas para a produção de ovos
O mercado de insumos e as perspectivas para a produção de ovos
Altos e baixos afetaram fortemente a avicultura de postura comercial nos últimos meses, da mesma forma que foi (e ainda é) vivido em alguns segmentos, especialmente na proteína animal.
Os altos custos com os insumos básicos para a produção, como o milho e a soja, que chegaram a uma diferença de 100% e 135%, respectivamente entre janeiro de 2020 e janeiro de 2022, e que agora estamos vendo retrocederem, deixaram fortes resquícios e uma baixa na produção de ovos.
O decrescimento no plantel de postura comercial nacional de 9%, entre janeiro de 2021 e dezembro de 2022, chegando ao pico de 12% em agosto de 2022, mostrou a agressividade do período de convivência com os custos elevados desses insumos, junto com outros itens como a energia, combustível, papelão, entre outros; que reduziram não só a produção, mas também o número de produtores em vários territórios produtivos, já que a reação do mercado, ou a mudança de patamar como muitos mencionavam, chegou tardiamente para o segmento de produção comercial de ovos.
Contrariado por uma tendência de crise continua, com a manutenção dos elevados preços de tais insumos, o ano de 2023 está apresentando preços mais leves até o momento, possibilitando um respiro para quem produz proteína animal, embora esse cenário positivo dos insumos vez ou outra mostra suas incertezas, seja por questões climáticas, como as registradas nos Estados Unidos, ou até fatores decorrentes do conflito entre Rússia e Ucrânia, por exemplo, que prejudicam o mercado.
As quedas abruptas registradas no Brasil nessa primeira metade de 2023,especialmente no milho, também preocupam, já que podem desestimular quem produz grãos, gerando lá na frente consequências que podem elevar novamente o custo de produção.
Ou seja, ainda falta segurança para os dois lados, nenhum mercado fica tranquilo quando os custos ou os preços obtidos atingem extremos.
Todos precisam ter seus negócios remunerados para que tenham continuidade e possam atender a contento o principal elo em toda essa cadeia: o consumidor, que também é afetado, especialmente quanto à demasia que prejudica a sua capacidade de pagamento, podendo gerar, inclusive, retrocesso no consumo.